A rivalidade entre Brasil e Argentina existe quase desde que o mundo é mundo.
Seu maior campo de batalha é o futebol, mas tudo que envolve Brasil vs Argentina é um clássico!
Neste artigo, a batalha será entre um vinho brasileiro e um argentino.
Quem será que vai ganhar esse eno clássico?
A Seleção Brasileira
E entra em campo a Seleção Brasileira: Primeira Estrada Syrah 2018.
Este vinho é feito 100% com Syrah e não passa por madeira.
Ele é produzido em Minas Gerais pelo renomado Murilo Regina, o pioneiro na utilização da técnica de dupla poda, a qual permitiu produção de vinhos de qualidade no sudeste brasileiro. Se quiser entender melhor a técnica de dupla poda e os vinhos de colheita de inverno, clique aqui.
A Seleção Argentina
Também dentro das quatro linhas, a Seleção Argentina: Balsa de Piedra 2019.
Este vinho é um corte de Malbec, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot e Semillón. O vinho passa 8 meses em barricas de carvalho francês de 225 e 500 litros de vários usos.
Ele é produzido em Mendoza, Argentina, pelo casal Gerardo Michelini e Andrea Muffato. O nome Michelini é muito respeitado na indústria dos vinhos argentinos, porque se trata de uma família com tradição em enologia e que ganhou os holofotes por conta do seu trabalho na vinícola Zorzal.
E começa o jogo…
A seleção brasileira desde o início joga aberto e já mostra aromas com boa intensidade logo no começo. Aqui o grande destaque fica para a amora fresca, maior artilheira desta gloriosa Seleção.
Porém, o meio de campo olfativo também está muito bem representado pelo aroma de pimenta preta. E o dinamismo do jogo entre a pimenta e a amora ocorre com o maior entrosamento, no melhor estilo Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, como nos saudosos tempos do nosso penta.
É gol do Brasil!
A Seleção Argentina parece jogar com uma estratégia diferente do Brasil. O jogo da Argentina é mais fechado, com aromas mais contidos e menos intensidade.
Porém, os hermanos mostram um desenho de jogo bem mais complexo. Cada um dos elementos do time – amora, cereja madura, violeta, menta, cravo, balsâmico e mineral – joga junto, agregando em campo. Nenhum se destaca sozinho. Eles demonstram um entrosamento impressionante no gramado.
É gol da Argentina!
Na boca, as duas seleções apresentam taninos polidos, mostrando excelentes técnicas de jogo. E a ótima acidez de ambas também deixa a disputa bem acirrada.
É um jogo emocionante. Haja coração!
Aos 45’ do segundo tempo a Seleção Brasileira apresenta um ligeiro amargor no final de boca e o álcool esquenta um pouco a garganta… E é falta para a Argentina.
Pode isso, Arnaldo?
A Argentina vem com tudo e mostra a que veio com as suas frutas brilhantes que equilibram perfeitamente a acidez e o álcool – que passa despercebido – e, então, cabeceia direto para a rede.
É gol da Argentina!
A torcida do Brasil se revolta! Parece que o gol da Argentina foi gol de mão, seguindo a tradição do grande Maradona, “La Mano de Dios”.
Chama o VAR…
O placar final foi 2X1 para Argentina. O Brasil defende que a Argentina ganhou essa no apito.
O juiz decide chamar o VAR – que é ninguém mais e ninguém menos que você, leitor!
Qual desses vinhos você acha que ganha o campeonato?
Aquela pequena observação: No gramado dos vinhos, a Argentina realmente é um país de destaque e foi páreo duro. Mas, no gramadão mesmo, não tem para ninguém, somos os únicos PENTACAMPEÕES do mundo! #porquechorasargentina?
Espero que tenham gostado e até a próxima!
Deia Berthault
Sou uma nerd em vinhos com um parafuso a menos. Professora, estudante e apoiadora do movimento “Abaixo os enochatos” (…que nem existe, mas apoio! #enolegaisrock).
Parceria: Winerie